domingo, 9 de outubro de 2011

Tudo num domingo de nada

O dia amanhece na incerteza de mais um dia: nem sol nem chuva. Nublado, bem cinza. É domingo, quiçá fosse sábado à noite, daqueles que tudo pode mudar. Mas é domingo. As ruas quase sem nenhum movimento de carros, ciclistas ou pedestres. O dia está quase sem graça. A vida pára num dia em que a própria vida parece estar monótona, sem vida. Um nada. 
Mas ele procura tudo no nada que tem. E não se conforma com que vê. E, ao ver, arranca um livro da estante pra ler, mas o som brega vindo da casa ao lado está alto demais para isso. Quem sabe uma música? Não, melhor deixar tocar só a canção da alma. Silêncio.
Mas o domingo insiste em não se saber o que fazer. E nada se faz. Então, o celular toca. É um convite para um churrasco. Que saco!
Por que churrascada tem cara de domingo? Por que não na quinta? E não se trata de um dia cabalístico. Apenas um dia diferente, com coisas diferentes, com rituais diferentes de um domingo que persiste em não acabar.
Aí, uma idéia surge; a idéia de matar o tempo. Ele acende um cigarro e volta para o nada. É tudo que tem no domingo.
Mais um domingo. 
Mais uma vez!


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